A defesa da empresária Fabíola Cássia Garcia Nunes, vítima de um incidente ocorrido em dezembro de 2022, no condomínio Florais dos Lagos, em Cuiabá, apresentou um pedido de celeridade no andamento do inquérito que investiga o delegado da Polícia, Bruno França Ferreira. O delegado é acusado de diversos crimes, incluindo abuso de autoridade, invasão de domicílio, exercício arbitrário das próprias razões, tortura psicológica, cárcere privado, associação criminosa, e outros do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Em manifestação apresentada perante o Núcleo de Inquéritos Policiais (NIPO), na última sexta (28.07), a defesa de Fabíola ressaltou que o Ministério Público já se manifestou há mais de um mês, e a demora na apuração dos crimes tem gerado sensação de impunidade e descrédito na justiça. Segundo a defesa, as provas e imagens coletadas não deixam dúvidas sobre a gravidade dos atos supostamente cometidos pelo delegado Bruno França Ferreira, evidenciando uma brutalidade criminosa imposta.
Os acontecimentos tiveram início em 27 de novembro de 2022, após um desentendimento entre Fabíola Cássia Garcia Nunes e uma criança dentro do condomínio "Florais dos Lagos". O investigado, que é padrasto da criança envolvida no caso, acionou forças policiais alegando uma situação de flagrante delito, em razão de um suposto descumprimento de medida protetiva anteriormente concedida à criança. Com base nessas alegações, o delegado entrou na residência da vítima sem o respaldo de um mandado judicial. As imagens do ocorrido, capturadas pelas câmeras de segurança da casa, foram amplamente divulgadas pela mídia. Leia matéria relacionada: Delegado arromba porta e "toca" terror em casa nos Florais do Lago, em Cuiabá: "Deita no chão filha da puta"
Além disso, durante a prisão em flagrante, o delegado se envolveu em uma discussão com o advogado da vítima, Rodrigo Pouso, o que também está sendo objeto de investigação no inquérito.
A defesa de Fabíola Cássia Garcia Nunes ressalta a necessidade de uma resposta rápida do Poder Judiciário a fim de evitar que o caso caia no esquecimento e para garantir que a justiça seja devidamente aplicada.
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