O ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, suspeito de assassinar a advogada Cristiane Castrillon da Fonseca, 48 anos, na madrugada de domingo (13.08), em sua residência no bairro Santa Amália, em Cuiabá, havia sido expulso da corporação devido a seu envolvimento em crimes como roubo e outras infrações.
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Almir ingressou na corporação em novembro de 2000 e foi preso em flagrante em fevereiro de 2013, acusado de roubo a um posto de combustível no bairro Morada do Ouro, na Capital.
O ex-policial foi denunciado pelo Ministério Público de Mato Grosso (MP/MT) por roubo majorado e formação de quadrilha, o que culminou em sua expulsão oficial em março de 2015.
Em 2019, Almir esteve envolvido em furtos cometidos na Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA). Conforme o boletim de ocorrência (B.O) registrado em 08 de outubro daquele ano, a SEMA informou o furto de dois motores de popa de barco da marca Yamaha, modelo 15hp, um computador e um monitor IG de 21,5 polegadas.
Um dos motores roubados foi identificado na plataforma de compra e venda OLX. A partir dessas informações, a polícia chegou aos suspeitos A. de S.C. (borracheiro) e K.B.D., que admitiram que K.B.D. estava oferecendo o produto a pedido do borracheiro por R$ 3.555,00, com a promessa de receber uma parte do valor após a venda.
O borracheiro afirmou aos policiais que o motor pertencia a uma pessoa identificada como taxista e que receberia um computador como pagamento após a venda. Câmeras de segurança da SEMA capturaram um veículo Prisma com adesivos de táxi nas proximidades do local do furto, coincidindo com as características do carro de Almir, ex-policial.
Diante dos fatos, investigadores abordaram Almir quando ele deixava sua residência em um Prisma. Na revista, encontraram apenas um cigarro de maconha. Na delegacia, o ex-militar informou um número de telefone diferente daquele mencionado pelo borracheiro.
Durante as investigações, foram confirmados furtos contra o patrimônio público entre 25 de setembro e 06 de outubro de 2019.
Em 07 de novembro, o delegado André solicitou ao Ministério Público (MP/MT) a prisão preventiva e busca e apreensão na residência de Almir, além da quebra de sigilo telefônico dos envolvidos Almir, A. de S.C. (borracheiro) e K.B.D. No entanto, a promotora de Justiça, Fânia Helena de Oliveira Amorim, posteriormente, se manifestou contra o pedido.
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