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Jurídico Segunda-feira, 24 de Julho de 2023, 13:59 - A | A

Segunda-feira, 24 de Julho de 2023, 13h:59 - A | A

Estado de fúria

Atirador da chacina em Sinop diz que com exceção de criança, vítimas morreram por “provocá-lo”

Em depoimento, o acusado alegou que as vítimas, com exceção de uma criança de 12 anos, vinham constantemente fazendo provocações e piadas

Rojane Marta/VGNJur

A defesa de Edgar Ricardo de Oliveira, o atirador responsável pela chacina ocorrida em Sinop no dia 21 de fevereiro deste ano, que resultou na morte de sete pessoas, incluindo uma adolescente de 12 anos, afirmou à Justiça que com exceção da menor, as vítimas morreram por constantes provocações e chacotas que faziam com seu cliente.

A informação consta das alegações finais apresentadas perante a Justiça de Mato Grosso. A defesa questiona as qualificadoras imputadas ao réu, contestando a presença de fortes indícios para tais acusações.

O advogado do acusado ressaltou que a qualificadora de homicídio por motivo torpe é extremamente questionável no caso em questão. Segundo a defesa, o réu estava sob estado de fúria no momento do crime, devido às constantes provocações e chacotas que as vítimas faziam acerca de seu relacionamento e vida pessoal. Afirmou que o motivo para o homicídio não pode ser considerado torpe, uma vez que o acusado reagiu a uma situação de grande pressão emocional.

Em depoimento, o acusado alegou que as vítimas, com exceção de uma criança de 12 anos, vinham constantemente fazendo provocações e piadas a respeito de sua atual companheira e de relacionamentos anteriores. Afirmou que as vítimas questionavam a paternidade do filho que sua esposa esperava, o que o deixou cada vez mais abalado emocionalmente.

A mãe do réu, também testemunha, relatou que o filho era alvo de constantes provocações em relação às suas relações amorosas e que, como mãe, sempre conversou com ele para evitar esse tipo de situação. Ela disse que o filho era frequentador assíduo do bar onde ocorreram as provocações e que sempre ocorriam piadas a respeito de suas namoradas anteriores.

Outra qualificadora questionada pela defesa foi a de meio cruel. O advogado argumenta que os disparos de armas de fogo efetuados pelo réu não podem ser considerados meio cruel, uma vez que ele utilizou as armas que possuía para cometer os homicídios. Afirma que o acusado não tinha intenção de provocar sofrimento inútil às vítimas e que os tiros foram direcionados aos alvos pretendidos.

Além disso, a qualificadora de perigo comum também foi objeto de contestação pela defesa, que argumenta que não há elementos concretos que indiquem que além das vítimas, outras pessoas também foram expostas a perigo pelos disparos de arma de fogo do acusado.

Por fim, a defesa alega que o disparo que atingiu a vítima Larissa, menor de 14 anos, não foi intencional, sendo resultado de uma hipótese de erro na execução (aberratio ictus). O advogado destacou que o acusado não tinha intenção de atingir a criança e que o disparo ocorreu enquanto ele tentava acertar outra vítima que estava correndo em sua direção.

Mais sobre assunto: Ministério Público apresenta alegações finais no caso da chacina em Sinop

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