A 21ª Promotoria de Justiça Criminal da Capital concluiu o estudo técnico conduzido por uma psicóloga especializada, para promover a escuta dos familiares de Frederico Albuquerque Siqueira Correa da Costa, um jovem cuiabano de 21 anos, estudante de medicina veterinária, que morreu em um atropelamento ocorrido em 02 de setembro de 2022, na avenida Beira Rio, na Capital.
Os Relatórios Psicológico e Social produzidos pela equipe multidisciplinar do MPE/MT foram incorporados à Ação Penal de homicídio em tramitação na 12ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, e teve a finalidade de apurar as consequências do crime para os familiares da vítima. Os réus na ação são a motorista Danieli Correa da Silva e o proprietário do veículo, Diogo Pereira Fortes.
Com base nos elementos minuciosamente examinados durante a análise, a psicóloga concluiu que os familiares de Frederico enfrentaram impactos significativos em sua saúde mental. “O processo de luto, inevitavelmente desencadeado pela perda do ente, revisitou uma série de desafios emocionais para os familiares”.
Segundo a psicóloga, cada membro da família reagiu de maneira única diante dessa adversidade, evidenciando a complexidade do processo de luto.
Um exemplo é a avó da vítima, que optou por morar com sua filha Laura, mãe de Frederico. No entanto, a avó tem demonstrado sinais de fragilidade emocional, perdendo o interesse nas atividades que antes lhe traziam satisfação. "Embora esse padrão comportamental não configure necessariamente um quadro patológico, pode indicar os desafios emocionais que os familiares enfrentam após a perda de um ente querido".
A psicóloga ressaltou que o processo de luto é dinâmico e pode desencadear uma série de repercussões tanto a curto quanto em longo prazo. Além disso, o desenrolar do processo judicial também pode interferir na vivência do luto, tornando-se um fator adicional de estresse para os familiares enlutados.
No caso específico da mãe e do irmão da vítima, a psicóloga observou que ambos estão expostos a fatores estressantes que podem agravar o sofrimento e aumentar a predisposição ao desenvolvimento de transtornos mentais, como o Transtorno de Estresse Pós-Traumático.
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