O advogado Hur-Carlos Santos França, morto a tiros no último domingo (21.05), em Arenápolis (a 233 km de Cuiabá), estava sendo processado por agressão contra sua ex-mulher desde julho de 2020.
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No entanto, em manifestação da defesa do advogado em março deste ano, foram apresentados prints de conversas nos quais a ex-mulher confessou ter mentido para a polícia sobre as agressões e ameaçou fazer o mesmo novamente.
Nas conversas, a suposta vítima, confessou ter enganado a polícia, e disse que se fosse preciso inventaria na polícia "de novo" que foi agredida ou ameaçada. "Passo maquiagem roxa no rosto e falo pra polícia que estou sendo humilhada e agredida, nem vem! Amo essa Lei Maria da Penha e é boa q só serve para nós mulheres" (sic) diz trecho da conversa.
Ela ainda complementa: "Eu já enganei a polícia uma vez, fui besta de tirar a queixa...vc né advogado o melhor o bonzão??? Poderia ter deixado vc ser mais constrangido como da outra vez até os pneus do carro perdeu lá na festa de Marilândia".
O advogado chegou a questionar a ex-esposa se ela sabia que ameaça é crime, e ela respondeu que não estava ameaçando. "N estou ameaçando vc é uma certeza Hur meu pai te mata, **A vai ficar só comigo e ponto final acabou!".
A mulher ainda disse para Hur-Carlos que caso ele insistisse em ver a filha, ela iria novamente na delegacia e pediria protetiva. "Insiste pra ver **a Doutor Hur-Carlosssss que eu vou na delegacia outra vez e peço protetiva. Tenho uma marca no braço daquele dia q cai andando a cavalo posso bem dizer q foi vc q me bateu kkkkk" (sic).
O advogado chegou a enfatizar que processo seria uma coisa séria, e disse ainda que medidas protetivas são para mulheres que sofrem agressões, e ela não era vítima de nada. A mulher respondeu que ela nunca teria mesmo sido agredida por ele, mas que entraria na "modinha" de novo pela segunda vez. "Nunca me agrediu mesmo mas vou entrar na modinha de novo pela segunda vez. Eu já disse Hur é muito fácil de eu te prejudicar que tem carreira de advogado pra zelar é vc" (sic).
Hur-Carlos indagou a ex-mulher: "Este marido cheio de defeitos sei bem, mas te agrediu verbal ou fisicamente?". A suposta vítima respondeu: "Vc sabe q n Hur mas se quiser **a ou denunciar meu pai e meu irmão eu te processo sim! Nem q pra isso tenha q te colocar como o pior dos monstros. Da outra vez tirei a queixa no meu advogado qdo voltamos nas pra fazer outra denúncia n custa sou boa atriz vc sabe kkkk" (sic), diz novo trecho da conversa.
O advogado ainda questionou o porquê a ex-mulher era assim tão nervosa e rancorosa, e ela respondeu: "R**** da tia ***a trabalha no conselho vc sabe eu mando ela me fazer uns documentos e juiz nenhum vai deixar vc ver a **A” (sic).
Em manifestação, a defesa solicitou que a ação seja julgada totalmente improcedente, alegando que diante de tudo que foi dito pela suposta vítima, não restam dúvidas de que ela não sofreu nenhuma agressão. “Nota-se que a conversa entre os dois, ocorreu 2 dias depois da data do fato do caso em tela, onde a própria vítima confessa nunca ter sido agredida pelo acusado do mesmo ID citado acima, ou seja, não há o que se falar em infração de vias de fato do artigo 21 da Lei 3.688/41, muito menos na agravante do artigo 61, inciso II alínea “f” do Código Penal, já que o presente caso não passa de uma denunciação caluniosa cometida pela vítima prevista no artigo 339 do Código Penal”, diz trecho da defesa.
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