O empresário Fernando Metelo Gomes de Almeida, preso na manhã desta segunda-feira (22.05), na Operação Fenestra por suposta participação em desvio de medicamentos na Saúde de Várzea Grande, negou envolvimento e afirmou que não há nenhuma irregularidade na questão de fornecimento de remédios à Prefeitura Municipal, segundo informou o advogado Leonardo Bernazzolli, que defende o acusado.
Fernando Metelo foi alvo de mandado de prisão por suposta participação em esquema de desvio de medicamentos da farmácia da Unidade de Pronto Atendimento (Upa Ipase) de Várzea Grande. As investigações apontaram, que no período da pandemia da Covid-19, foi aberta uma janela nos fundos da farmácia da Upa Ipase, para realizar os desvios dos remédios, que posteriormente eram repassados ao empresário.
Superintendente de Saúde é preso por desvio de medicamentos da UPA do Ipase
Ao VGN Jur o advogado, Bernazzolli, disse que acabou de ter acesso ao inquérito policial da Operação Fenestra, e que ainda está analisando quais são as acusações contra o empresário. Porém, antecipou que a empresa Disnorma Comércio Atacadista de Medicamentos e Material Médico Hospitalar Ltda, de propriedade de Fernando, não participou de qualquer ilícito envolvendo as investigações.
“Eu preciso analisar o conteúdo dos autos para ver o que está sendo relacionado ao Fernando, mas de primeiro momento esclarecemos que a empresa [Disnorma] declara que nunca participou de qualquer ilícito envolvendo a licitação pública e vai apresentar defesa técnica em momento oportuno esclarecendo os fatos e demonstrando sua inocência”, disse o advogado.
Leonardo Bernazzolli afirmou que Fernando Metelo garantiu a ele que não tem nada de errado. "A empresa tem um contrato mediante a licitação pública com a Prefeitura de Várzea Grande e sempre entregou os medicamentos em ordem. Sempre recebeu devidamente, não tendo recebido nenhum valor a mais, nenhum pagamento irregular”.
Ele revelou ainda que foram cumpridos mandados de busca e apreensão na sede da empresa Disnorma, localizada na avenida Barão do Melgaço, no bairro Porto, em Cuiabá; assim como na casa de Fernando Metelo. “Foram apreendidos na sede da empresa documentos do dia-a-dia, que poderiam ter sido fornecidos de forma espontânea à polícia caso fosse solicitado”, explicou o advogado.
Fernando Metelo deve passar por audiência de custódia ainda hoje, no Fórum de Cuiabá, e depois será encaminhado para uma unidade prisional.
Empresa Disnorma - De acordo com o Portal Transparência da Prefeitura, de abril de 2022 [período que iniciou as investigações da Operação Fenestra], até abril deste ano, a empresa Disnorma Comércio Atacadista de Medicamentos e Material Médico Hospitalar Ltda, recebeu R$ 2.440.547,70 milhões do município pelo fornecimento de medicamentos. Somente entre os meses de agosto, setembro e outubro de 2022, foram pagos pela Secretaria de Saúde de Várzea Grande valor de R$ 599 mil pela aquisição de remédios.
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